7 de jan. de 2012

Hoje quero falar de amor

O que é mesmo amor?
Um sentimento forte que arrasta as pessoas para atos impensados, instintivos?
Um sentimento de responsabilidade perante outros que nos foram confiados pelas circunstâncias da vida?
Aquela necessidade irresistível de dividir alegrias, tristezas, saude, doenças? Ou mesmo dividir riquezas, ou amargar pobreza?

Que sentimento é esse chamado amor e cantado por poetas, músicos e romancistas?
Será o amor apenas instinto - força dos hormônios sexuais? Ou um sentimento mais nobre dentro do ser humano?

O amor assim como a vida tem suas incógnitas, seus segredos, suas amarras. Vivemos a vida, cantamos o amor e de repente percebemos que da vida e do amor nada sabemos. Tudo o que sabemos é que tanto a vida, quanto o amor nos faz vibrar de felicidade e nos faz morrer de dor.

Quando eu era mocinha li um livro de Eric From sobre a Arte de Amar e fiquei escandalizada. Neste livro From falava do amor como um jogo de interesses - alguém nos ama pelo que podemos dar a ela de prazer, de vaidade, de esperança, de conforto. E que quando nada temos a oferecer também não temos O AMOR DAS PESSOAS - ele diz com todas as letras que somos amados pelo QUE VALEMOS - pela nossa aparência, nossa inteligência, nosso poder financeiro e se não temos nem tanto poder, nem tanta beleza, nem tanta inteligência para ofertar - podemos cativar pelo PRAZER que somos capazes de proporcionar.

Em suma podemos concluir, já que Eric From era um grande filósofo que o amor é de fato um jogo de interesses e de poder.

Ninguém ama o feio, ninguém sente prazer vivendo na pobreza extrema, ninguém quer conviver com pessoas doentes, carentes, que reclamam o tempo todo e nem tão pouco e que não têm uma só palavra boa a nos oferecer.

O AMOR TAMBÉM É POSSE - dizemos que amamos, mas muitas vezes o que move os nossos atos é o sentimento de posse - amo esta casa onde nasci (não estou dizendo nada mais do que - esta casa é minha por direito, pois foi aqui que nasci). Um homem muitas vezes não tem nenhum desejo mais por aquela mulher que o acompanha durante anos e é mãe de seus filhos - mas ele diz que ama porque ela faz parte da convenção social de união - de familia - e o homem se sente dono da mulher que lhe foi confiada.

PODEMOS PERCEBER O QUANTO O AMOR É FALHO QUANDO ENVELHECEMOS E NÃO TEMOS SERVENTIA PARA MAIS NADA.

Agora então enfrentamos uma situação nova - as pessoas vivem mais que antigamente e a evolução tecnológica cresce em grande velocidade, os costumes mudam rapidamente e os jovens abandonam os seus velhos - porque o velho não tem nada a ensinar ao jovem e nem prazer a oferecer e o jovem vive na VELOCIDADE DO TEMPO - e não pode parar.

Em outros tempos o velho era o professor, aquele de quem a juventude dependia para aprender a viver no meio hostil do mundo. O velho tinha sabedoria colhida nos anos vividos e sofridos. Aprendia pelo sofrimento e se tentava ensinar os filhos e netos como evitar tais situações e vencer com maior facilidade as intempéries da natureza e as necessidades de produzir os alimentos para o sustento e a roupa para se agasalhar.

Hoje, tudo se compra pronto. Até o conhecimento vem embalado na internet - sabe-se navegar na internet, mas não se sabe os fundamentos dela.

A roupa compra pronta (mal feita, desarranjada, mas olhada como se fosse a mais bonita de todos os tempos, pois esta roupa foi trabalhada no marketing - merchandising das novelas da tv e pelos sites da internet).
A comida vem embalada em marmitex, em pratos prontos, congelados nos supermercados, e muita mulher nem precisa mais dos ensinamentos da mãe para preparar um rápido jantar esquentado no microondas.

O amor é paixão. É o ficar de uma noite, o namorar de dois dias - o gerar um filho que a mãe muitas vezes nem sabe quem é o pai.

POR OUTRO LADO - a juventude de hoje goza de uma liberdade que nos foi negada na nossa juventude. Podem escolher seus próprios caminhos, podem errar e acertar por conta própria, já que a sociedade é pouco exigente em comportamentos.

O SENTIMENTO DE FAMÍLIA vai ficando meio antiquado, atrasado, abandonado.

As pessoas se prendem no trânsito congestionado, na internet, na tv e deixam de CONVIVER, de compartilhar, de dividir.

No Facebook que tanto se fala, entro lá e vejo pessoa falando sozinhas, postando adoidadas fotos, textos, palavras soltas, recados e um monte de CURTIR... curtem e muitas vezes este curtir não leva nenhma mensagem de crescimento em relação ao texto postado.

No Facebook é o verdadeiro RELACIONAMENTO SOLITÁRIO - pensa-se que se está ali com 200 seguidores, mas de fato, cada seguidor fala sozinho e você fica sozinho postando BOBAGENS>

BLOGs - a gente faz blogs, escreve, poucas pessoas vem ver, e as que vem nem comentam.

Entre blogs, facebook, twitter e chats - acho que os chats apesar dos riscos de agressões emocionais ainda são melhores meios de relacionamento na internet.

ORKUT - orkut a gente vai lá, posta um recado e dependendo do assunto ninguém responde ou se passa meses para se ter uma resposta.

AMOR - ONDE ESTÁ O AMOR?

Falei, falei e falei nada. Como todos estou falando sozinha, gritando no deserto cheio de milhões de pessoas chamadas internautas, mas que de fato não se veem umas as outras e nem estão interessadas a não ser em si mesmas.

AMOR É FAMÍLIA - AMOR É ENTRE PAIS, FILHOS, só que a família está dispersa e os casamentos falidos.

To encerrando por aqui.

ReginaCelia - 07 de janeiro de 2012 - as 17:34

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